Esse blog foi criado com o intuito de auxiliar pais, estudantes e profissionais com relação a dúvidas e fonte de pesquisa para realização de trabalhos práticos e teóricos, bem como, no esclarecimento para melhor entendimento dos serviços de estimulação e reabilitação visual com um enfoque pedagógico.
25 de jun. de 2009
ILUSÃO ÓPTICA - Persistência da Visão
Olhe fixamente no centro da arara durante 40 segundos.
Em seguida, olhe dentro da gaiola e verá a arara, mas com mudança de cor: o azul muda para o amarelo e vice-versa.
Isto acontece quando as células foto-sensitivas cansam e compensam com a imagem negativa.
20 de jun. de 2009
DICAS PARA ESTIMULAR UMA VISÃO PREGUIÇOSA
Geralmente, os oftalmologistas indicam uso de tampão em crianças com ambliopia.
O ideal é realizar atividades do interesse da criança.
Pra começar, dependendo do grau de visão que ela possui, selecione atividades ideais para crianças com idade inferior a que ela se encontra. Atividades como: pintura, recorte, colagem, modelagem com massa de modelar, desenho livre, entre outras, são muito bem aceitas pelas crianças. O cuidado que se deve ter com atividades de desenhos é com relação ao tamanho e ao contraste.
Utilizando atividades referentes a fase anterior durante o início dos atendimentos poderá proporcionar maior segurança a criança, preparando-a para as atividades da fase seguinte.
É preciso ter paciência! Provavelmente ela terá um pouco de dificuldade, principalmente devido incômodo por causa do tampão.
Realize uma atividade por vêz e até que ela demonstre desinteresse ou total domínio não mude o estilo da atividade, ok? Faça com ela, ajudando-a, dando pistas no início, orientando... assim poderá estimulá-la a não desistir.
Mas, atenção! Permita que ela se aproxime para visualizar melhor, procure um local bem iluminado (ela lhe dirá se está bom!) e, se necessário utilize uma luminária direcionada para a atividade (cuidado para não focar no rosto da criança). Se necessário, ou se perceber cansaço ou fadiga, faça intervalos discretos, como conversar sobre algo que a atividade lembre (sempre assuntos com relação a atividade ou o que ela representa).
Qualquer dúvida estarei pronta em ajudá-los(as), ok?
Espero ter ajudado.Grande abraço!
Se quiser deixem o depoimento contando como foi sua experiência...
17 de jun. de 2009
SUGESTÕES PARA ADAPTAÇÃO DE TEXTOS DIDÁTICOS PARA ALUNOS COM BAIXA VISÃO
A maioria das pessoas com baixa visão apresenta grande dificuldade em atividades que envolvam a leitura e a escrita. Como elas possuem maneiras próprias de ver, é praticamente impossível estabelecer-se um padrão gráfico único que atenda a todas com a mesma eficiência.
Mesmo cientes dessa limitação, consideramos importante instituir parâmetros que atendam ao maior número possível de pessoas que terão, pelo menos, uma parte de suas necessidades atendida, e dessa maneira possibilitar seu acesso ao conhecimento.
Por isso indicamos, abaixo, alguns modelos a serem adotados na adaptação de textos para a clientela de baixa visão
• Fonte: Arial, Verdana ou Tahoma. Não utilizar letras rebuscadas ou com serifas;
• Corpo: 24, em negrito;
• Número de caracteres por linha: de acordo com Natalie Barraga (1985), é recomendável o máximo de 39 caracteres por linha;
• Entrelinhas: sugerimos um espaço e meio entre as linhas para tornar a leitura mais eficiente;
• Espaço entre as palavras e letras: padrão;
• Cor do papel e da tinta: o papel branco, marfim ou gelo sem brilho e tinta preta proporcionam maior contraste;
• Opacidade do papel: suficiente para evitar sombreamento pelo seu verso (segundo FNDE/SEESP – gramatura mínima de 90g);
• Ilustrações: figuras simples, com poucos detalhes; contornos espessos e bem definidos, contrastantes com o fundo; cores vivas.
Elas devem estar próximas ao texto que lhes faz referência.
As ilustrações bem empregadas enriquecem o texto e facilitam sua compreensão.
Fonte: www.ibc.gov.br
16 de jun. de 2009
EFEITO TROXIER - AS COISAS NEM SEMPRE SÃO O QUE PARECEM
O que devemos fazer é simplesmente fixar o nosso olhar no ponto negro localizado no centro da imagem acima. Passados alguns segundos, poderemos comprovar como os retângulos azuis desaparecem. Em geral, a latência deste efeito dura 20 segundos ou mais e é influenciada por características da imagem (tamanho, estabilidade, excentricidade, bordas, cor e brilho do objeto).
Troxler, em 1804, descreveu este fenômeno como um alívio temporário da percepção visual, produzido ao fixarmos o olhar num campo visual estático, onde um objeto imóvel localizado no campo visual periférico desaparece após alguns segundos e reaparece imediatamente caso haja movimento ocular.
A explicação deste fenômeno é atribuído ao córtex cerebral (Ramachandran et al., Safran e Landis in Couto 2006), sem relação direta com o processo de adaptação de fotorreceptores retinianos ou pós imagem.
Fontes:
http://arquitecturarioja3d.blogspot.com
COUTO,Márcia F. Preenchimento Perceptual em Tricromatas e Dicromatas. Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal da Universidade de Brasília. Universidade de Brasília, 2006.
24 de mai. de 2009
CAPACIDADES/FUNÇÕES PERCEPTIVO-VISUAIS
A estimulação perceptivo-visual é um instrumento fundamental para o desenvolvimento das capacidades perceptivo-visuais de todo ser humano e, principalmente às crianças portadoras de baixa-visão. Tal estimulação corresponde a um conjunto de situações pedagógicas que visam à aquisição de habilidades e melhoria das capacidades perceptivo-visuais.
A aplicação das técnicas de estimulação visual varia de acordo com as possibilidades visuais apresentadas pela criança, ou seja, dependentes das capacidades/funções perceptivo-visuais pré-existentes, bem como, das que se pretendem trabalhar. São estas:
PERCEPÇÃO VISUAL: Capacidade de interpretar o que é visto (desde a percepção da luz acesa da lanterna). É o processo pelo qual as informações recebidas pelo olho são transmitidas ao cérebro onde ocorre relacionamento com as experiências passadas. Tal habilidade requer maturação, ou seja, fatores neuromotores* e psicológicos, e experiência.
Ex: perceber (a existência, mudança, movimento, etc.) mesmo sem identificar e/ou interpretar especificidades.
EFICIÊNCIA VISUAL: Domínio do mecanismo ótico – envolve velocidade e capacidade de filtração. Tal habilidade é dependente do uso máximo de visão residual.
EXPERIÊNCIA VISUAL: Compreende: acuidade visual, reconhecimento e arquivamento da imagem, associação com experiências passadas e símbolo, e formação de conceitos.
Ex: a utilização da condição visual para sua vida, como, utilizá-la para se locomover, encontrar objetos de interesse, identificar tamanhos, formas, cores, larguras... visualmente, etc. Enfim, realizar atividades visuais significativas assimilando o experimento, bem como, realizando o registro em sua memória para uso indeterminado.
PERCEPÇÃO DE LUZ: Capacidade de indicar diferença entre claro e escuro (luminosidade), mesmo sem identificar de onde vem esta luz.
PROJEÇÃO DE LUZ: Capacidade de indicar a origem do foco da luz. (neste caso, observam-se também diferenças na focalização da luz em distâncias variadas, ou seja, a aquisição requer projeção de luz a maior distância, compara a análise anterior).
FIXAÇÃO: Refere-se ao ato de focar os olhos sobre um objeto ou estímulo visual sobre o papel. Neste caso também é possível identificar a distância melhor para focalização, e, mediante esta realizar um melhor trabalho na aquisição das habilidades.
OCLUSÃO VISUAL: Capacidade de perceber uma figura completa quando somente uma porção é visível.
PISTA VISUAL: Qualquer tipo de informação visual usada por uma pessoa para orienta-se e mover-se no espaço, além de desempenhar qualquer tarefa ou função, ou localizar um lugar ou objeto desejado.
SÍMBOLOS: Termo usado para se referir a letras e palavras que apareçam isoladamente (ou com outras), e, que podem ou não, estar associadas com objetos concretos ou gravuras.
VISÃO BINOCULAR: Uso simultâneo de ambos os olhos na focalização de um mesmo objeto e fundir as duas imagens para uma interpretação correta.
CAMPO VISUAL: Toda a área do espaço físico visível quando o corpo, a cabeça e os olhos estão imóveis, frente ao estímulo observado.
SEGUIMENTO VISUAL: Seguir com os olhos (visualmente) objetos em movimento (de cima para baixo, vice-versa, de um lado para o outro, na diagonal, etc.).
ACOMODAÇÃO: São ajustes que o olho realiza para ver a diferentes distâncias, executado pela mudança de forma do cristalino através da ação do músculo ciliar na focalização de uma imagem clara na retina.
ACUIDADE VISUAL: Refere-se a uma medida da capacidade de distinguir claramente os mínimos detalhes.
FUNCIONAMENTO VISUAL: Significa interpretar e compreender significativamente o que se vê.
FIGURAS: Refere-se aos contornos de objetos e formas geométricas e lineares com ou sem detalhes.
ATENÇÃO VISUAL: Olhar prolongadamente objetos ou figuras. As crianças com déficits corticais apresentam maior dificuldade para aquisição desta habilidade.
BRILHO (OFUSCAMENTO): Qualidade de brilho relativo da luz que cause desconforto no olho ou que interfere com a visibilidade e desempenho visual.
CONTRASTE: A diferença relativa entre o claro e escuro nas coisas (objetos) observadas.
PERCEPÇÃO DE PROFUNDIDADE: A capacidade para perceber a distância relativa de objetos e sua relação espacial com outros.
DIFERENCIAÇÃO DE FIGURA-FUNDO: Capacidade para perceber a distância relativa de objetos e sua relação espacial com outros.
DIFERENCIAÇÃO DE FIGURA-FUNDO: Capacidade para discriminar objetos visíveis, separando-os do fundo.
VISÃO PERIFÉRICA: Percepção de objetos, movimento, ou cor, fora da linha central da visão.
FOTOFOBIA: Anormalidade sensitiva, desconforto pela luz.
MAGNIFICAÇÃO: Um aumento no tamanho de um objeto ou símbolo percebido.
NISTAGMO: Movimento involuntário do globo ocular sintomático de disfunção neurológica. Pode ser vertical, lateral, rotatório ou misto, e intermitente.
INFORMAÇÃO VISUAL: Conhecimento do ambiente e das coisas adquirido através do sentido visual.
VISÃO RESIDUAL: Qualquer visão remanescente útil presente ou que possa ser desenvolvida apesar de imperfeição severa em qualquer das estruturas ou tecidos dos olhos, ou em alguma parte do sistema visual.
SISTEMA VISUAL: Todas as partes componentes do olho, nervo óptico, cérebro e associação de estágios que influenciam olhar e ver.
EXPLORAÇÃO VISUAL: Cuidado inspeção de objetos visíveis ou de ambiente circundante. Geralmente as crianças de baixa visão necessitam tocar e manipular o objeto, pois, carecem de visualizá-los em diferentes níveis e posições para uma melhor visualização e exploração visuais.
Estas capacidades/funções perceptivo-visuais somente podem ser desenvolvidas mediante análise e utilização de modificações nas condições ambientais:
1. Controle da iluminação: aumentando-se a iluminação ambiental com focos luminosos para objetos, folhas de trabalho, textos, etc...
2. Transmissão da luz: com auxílio de lentes absortivas e filtros que diminuem o ofuscamento e aumentam o contraste.
3. Controle de reflexão, com tiposcópios, visores, oclusores laterais e lentes polarizadas.
4. Acessórios: caneta de ponta porosa preta, lápis de escrever 6B, papel com pautas pretas, figuras sem muitos detalhes e com traçado escurecido e nítido (pré-escolar), suporte para leitura e partituras musicais.
5. Aumento de contraste: usando-se cores bem contrastantes (preto/branco, preto/amarelo, branco/vermelho, etc.) em materiais como: folhas de papel em geral, canetas porosas, quadro branco/caneta preta, quadro-de-giz (preto)/giz branco, cores escuras em fundo brilhoso (papel laminado) e/ou vice-versa.
6. Ampliação: desenhos, figuras, exercícios, livros, jogos, etc.
Assim, com as adaptações ambientais necessárias é possível realizar um trabalho promissor durante os atendimentos de estimulação visual, concomitante, a utilização de seu resíduo visual para maturação da capacidade visual em seu ambiente (casa, escola, ou qualquer lugar onde possa ser realizada adaptação e que seja do convívio da criança).
* (VER “A Reação Pupilar e sua Importância)
20 de mai. de 2009
A REAÇÃO PUPILAR E SUA IMPORTÂNCIA
Foi difícil, mas consegui tirar algumas dúvidas quanto a estes questionamentos. Espero que tais informações possam ajudá-los. E, caso tenham dúvidas quando a sua veracidade procurem profissionais oftalmologistas que possam ajudá-los, assim como foi o meu caso.
Uma das formas de se adquirir maiores informações está durante aplicação de conhecimentos teóricos adquiridos anteriormente. No entanto, é preciso saber observar certos detalhes, como: reações faciais, reflexos pupilares, movimentos óculo-motor e se há resposta por parte da criança (consciência da existência do objeto de observação).
A maior interrogação era quanto à mudança da dimensão das pupilas na apresentação de luz branca e coloridas, bem como, quando permaneciam por algum tempo em lugares escuros e mediante a aproximação de objetos. De acordo com DANTAS & ZANGALLI (1999, p. 256): “A incidência dos raios luminosos sobre a pupila leva à modificação do diâmetro das mesmas.” É o mesmo efeito encontrado na adaptação automática do diafragma de uma máquina fotográfica. Essa modificação do diâmetro da pupila é conhecida como reflexo pupilar. Muitos reflexos permanecem entre os adultos, mas os reflexos primitivos (de recém-nascido) desaparecem na medida em que o córtex vai se desenvolvendo totalmente.
O movimento de contração pupilar protege a retina e os fotorreceptores contra a exposição excessiva aos raios luminosos, além de tornar mais nítida à imagem óptica de um objeto que se projeta sobre a retina, principalmente em ambientes bem iluminados. A contração da pupila acontece quando se vê um objeto próximo (reflexo de acomodação) ou há uma estimulação luminosa (reflexo fotomotor). Num olho normal, diante da projeção da luz, ocorre uma contração breve, relaxando-se ligeiramente até que o diâmetro pupilar fique constante.
Ao posicionar a luz da lanterna incidindo sobre os olhos percebe-se uma reação pupilar denominada de arco reflexo. O arco reflexo é uma reação involuntária instantânea, consciente ou não, que visa proteger ou ajustar o organismo. Tal reação origina-se de estímulos externos (neste caso, a luz da lanterna) antes mesmo do cérebro tomar conhecimento do estímulo periférico, conseqüentemente, antes deste comandar uma resposta. “O arco reflexo não envolve o córtex cerebral; portanto as reações pupilares não se tornam conscientes.” (DANTAS & ZANGALLI, 1999, p. 256)
O diâmetro da pupila muda em resposta à luz e ao esforço para focalizar um objeto próximo. O diâmetro pupilar depende dos seguintes e principais fatores diretos: tecido iriano, impulso parassimpático, impulso simpático, fatores humorais. Ainda, diversas influências indiretas também interferem, conduzindo suas informações através dos fatores diretos.
Quando ocorrem comportamentos anômalos das pupilas sugere-se tratar-se especialmente de doenças no nervo óptico, e, de forma menos significativa poderá tratar-se de lesões retinianas maculares. Na cegueira cortical e na simulação de cegueira as pupilas comportam-se de maneira normal.
O reflexo de perto (convergência e acomodação) que acontece durante aproximação progressiva de um objeto fixado pelo centro para a visão nítida desencadeia três reflexos diferentes:
1. Convergência: os eixos de ambos os olhos convergem sobre o objeto. Desta forma, as imagens do objeto se projetem exatamente sobre as áreas correspondentes das retinas, ou seja, sobre as áreas de maior acuidade visual;
2. Acomodação: a contração do músculo ciliar leva o cristalino, a tomar uma forma mais arredondada, assim, a imagem permanece focalizada durante todo o percurso de aproximação do objeto.
3. Contração das pupilas: a contração pupilar faz com que a imagem continue apresentando contornos nítidos.
“Estas três reações podem ser desencadeadas pela fixação voluntária do olhar sobre um objeto próximo. Elas se instalam de forma reflexa toda vez que um objeto distante se aproxima simultaneamente.” (DANTAS & ZANGALLI, 1999, p. 258)
É preciso conhecer as condições visuais de uma criança antes de iniciar sua estimulação visual. É sempre recomendado acompanhar as consultas oftalmológicas, assim poderá tirar dúvidas e obter maiores informações, assim como, qualquer alteração na reação pupilar da criança, durante os atendimentos, devem ser comunicados ao oftalmologista.
Em alguns casos, é preciso utilizar estímulos com luzes de lanterna para treino dos reflexos pupilares, necessariamente em casos de reflexos pupilares lentos. O exercício de atividades de contraste seja com uso de luzes de lanterna ou não também contribuem para o bom desempenho pupilar. O médico-oftalmologista, especialista em baixa visão, ou o profissional técnico de estimulação visual também poderão ajudar.
É importante ressaltar o cuidado que se deve ter com relação à utilização de folhas e superfícies brilhosas na confecção ou uso de recursos para baixa visão, principalmente se for utilizado com o objetivo de desenvolver habilidades funcionais visuais, pois, os reflexos causados por estes tipos de materiais podem prejudicar a evolução destas habilidades em crianças com resíduo visual.
As informações obtidas com relação ao desenvolvimento de habilidades visuais é prioridade para o conhecimento dos pais, pois estes podem contribuir reforçando os estímulos em seus lares, bem como, tal conhecimento, favorecerá maior interesse e credibilidade deste serviço. Sabemos que, nos períodos iniciais, as respostas são lentas e isto favorece a descredibilidade com relação a aquisição de melhorias quanto ao desenvolvimento da criança.
17 de mai. de 2009
LISTA DE OBSERVAÇÕES DO PROFESSOR: o ABC da dificuldade visual (José, 1988)
Aparência dos olhos do aluno:
1. Vesguear (para dentro ou para fora) a qualquer momento, especialmente quando está cansado.
2. Olhos ou pálpebras avermelhados.
3. Olhos aquosos.
4. Pálpebras afundadas.
5. Terçol freqüente.
6. Pupilas nubladas ou muito abertas.
7. Olhos em constante movimento.
8. Pálpebras caídas.
Sinais de possíveis dificuldades visuais, no comportamento:
1. Corpo rígido ao ler ou olhar para um objeto distante.
2. Inclinar a cabeça para a frente ou para trás ao olhar para objetos distantes.
3. Omissão de tarefas de perto.
4. Períodos curtos de atenção.
5. Giro de cabeça para utilizar um só olho.
6. Inclinação lateral da cabeça.
7. Colocação da cabeça muito próxima ao livro ou à carteira ao ler ou escrever; manter o material muito perto ou muito longe.
8. Franzir a sobrancelha ao ler ou escrever.
9. Piscar em excesso.
10. Tendência a esfregar os olhos.
11. Tapar ou fechar os olhos.
12. Falta de gosto pela leitura ou falta de atenção.
13. Fadiga incomum ao terminar uma tarefa visual ou deterioração da leitura após períodos prolongados.
14. Perda da linha.
15. Uso do dedo ou lápis como guia.
16. Leitura em voz alta, ou movendo os lábios.
17. Mexer a cabeça, no lugar dos olhos.
18. Dificuldades gerais de leitura: tendência a inverter letras e palavras, ou a confundir letras e números com formas parecidas (p. ex.: a e c, f e t, e e c, m e n, n e r) omissão freqüente de palavras ou tentativa de adivinhá-las a partir do reconhecimento rápido de uma parte.
19. Esbarrar em objetos.
20. Espaços escassos ao escrever, ou incapacidade para seguir a linha, inversão de letras ou palavras ao escrever e copiar.
21. Preferência pela leitura, em contraposição ao jogo ou às atividades motoras ou vice-versa.
Queixas associadas ao uso dos olhos:
1. Dores de cabeça.
2. Náuseas ou vertigens.
3. Ardor ou coceira nos olhos.
4. Visão turva a qualquer momento.
5. Confusão de palavras ou linhas.
6. Dores oculares.
Fonte: RUIZ, Maria Cristina Pérez; MOLINA, Diego Rando; BUENO, Maria Concepción Toro; & LARA, Rafael Torres. Diagnóstico e Avaliação do Funcionamento Visual. Deficiência Visual: Aspectos Psicoevolutivos e Educativos / MARTIN, Manuel Bueno & BUENO, Salvador Toro, 2003. Editora Aljibe, S.L. Livraria Santos Editora Ltda.
14 de mai. de 2009
Sintomas e sinais mais comuns de alterações visuais
Sintomas:
- Tonturas, náuseas e dor de cabeça;
- Sensibilidade excessiva à luz (fotofobia);
- Visão dupla e embaçada;
Condutas do aluno:
- Aperta e esfrega os olhos;
- Irritação, olhos avermelhados e/ou lacrimejantes;
- Pálpebras com as bordas avermelhadas ou inchadas;
- Purgações e terçóis;
- Estrabismo;
- Nistagmo (olhos em constante oscilação);
- Pisca excessivamente;
- Crosta na área de implante dos cílios;
- Franzimento da testa ou piscar contínuo para fixar perto ou longe;
- Dificuldade para seguimento de objeto;
- Cautela excessiva ao andar;
- Tropeço e queda freqüentes;
- Desatenção e falta de interesse;
- Inquietação e irritabilidade;
- Dificuldade para leitura e escrita;
- Aproximação excessiva do objeto que está sendo visto;
- Postura inadequada;
- Fadiga ao esforço visual.
FONTE: MEC. Programa de Capacitação de Recursos Humanos do Ensino Fundamental: deficiência visual vol. 1 fascículos I – II – III / Marilda Moraes Garcia Bruno, Maria Glória Batista da Mota, colaboração: Instituto Benjamin Constant. _______Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2001.
13 de mai. de 2009
AMBLIOPIA – Um mal silencioso, mas que tem cura.
NOTA DE ESCLARECIMENTO: Queridos colegas, diante da quantidade de emails enviados com dúvidas e pedidos de modelos de atividades, resolvi acrescentar a esta postagem as seguintes informações:
1. Sabemos que os atendimentos de estimulação apresentam melhor resultado com crianças em fase de desenvolvimento visual (até os 13-14 anos). Entretanto, tenho experienciado alguns resultados positivos com pessoas com mais idade. Não existe nenhuma comprovação escrita ou registrada que eu saiba e tampouco contra-indicação para o treino dessas atividades. O que não se pode e não se deve é ocluir nenhum dos olhos, pois, poderá prejudicar o funcionamento dos mesmos. No entanto, eu, acredito que com algumas atividades específicas de acomodação será possível, pelo menos, minimizar tais dificuldades. Mas.. vejam bem... SUGIRO QUE DEVAM PROCURAR A OPINIÃO DO SEU MÉDICO-OFTALMOLOGISTA.
2. As atividades se encontram em artigos publicados aqui no blog, bem como no blog SOS PRODUZINDO E RECICLANDO RECURSOS.
A expressão ambliopia é originária do grego (amblios = lerda e ops = visão) e significa literalmente “visão lerda”. Trata-se da deficiência de desenvolvimento normal do sistema visual de um ou, mais raramente, ambos os olhos (uni ou bilateral), sendo os 3 primeiros meses de vida considerados período crítico neste processo e durante o período de maturação do SNC (Sistema Nervoso Central) - especificamente causando limitações ao progresso da visão (que é maior em sua amplitude até aproximadamente os 6-7 anos de idade) - sem que haja lesão orgânica ou com uma lesão orgânica desproporcional à intensidade da baixa visual.
“A visão binocular tem um rápido desenvolvimento a partir da coordenação ocular dos 3 até os 12 meses, o que proporciona a percepção espacial e a visão de profundidade. As conexões celulares e a plastificação neuronal são intensas até os 3 anos, por isso as alterações visuais como ambliopia e estrabismo devem ser corrigidos de preferência no primeiro ano de vida, para resultados de grande eficiência.” (MEC, p.46)
A baixa acuidade visual encontrada na ambliopia é devida ao desenvolvimento incompleto da visão foveal, estando a visão periférica preservada e o campo visual e acuidade escotópica normais. Isso quer dizer que a causa desse déficit não está especificamente no olho, mas sim, na região cerebral correspondente à visão e que não foi devidamente estimulada no momento certo (“o olho não aprende a ver”), assim, se ocorrerem alterações que impedem o foco de imagens nítidas na retina, o olho não amadurece a visão.
O olho amblíope não apresenta um amadurecimento normal da visão e é popularmente conhecido como “olho preguiçoso”, mesmo assim, não se encontra nenhuma lesão ocular ao exame oftalmológico, as estruturas oculares apresentam-se aparentemente normais (sem alteração orgânica), ou seja, é um problema puramente funcional, podendo ocorrer mesmo que a criança faça uso de óculos.
Em outras palavras, ambliopia é uma disfunção (um defeito para o qual não existem causas orgânicas, estruturais, do olho, nem do sistema de formação de suas imagens) revelada, sobretudo, por diminuição da acuidade visual. Tanto que um dos sinais mais típicos da ambliopia é o da discrepância entre a acuidade visual tomada com figuras isoladas e a da aferida com figuras de mesmo tamanho, mas agrupadas, ou simplesmente emolduradas por barras, isto é, com influência de contornos (onde a acuidade visual tomada é menor do que a tomada com figuras de mesmo tamanho, mas isoladas), por depender de funções corticais mais elaboradas, perceptuais e cognitivas, daí a dificuldade de desempenho.
Sabemos que cada um dos dois olhos envia uma imagem para o cérebro, e este precisa juntá-las formando uma só. Quando ambos fixam num ponto comum, enviam uma mesma imagem obtendo assim facilmente a fusão destas imagens. Porém, quando cada olho está fixando num ponto dessemelhante, o cérebro recebe duas imagens distintas entre si e não consegue juntá-las. Como defesa, o cérebro elimina automaticamente a imagem que vem do olho desviado causando a supressão deste olho, impedindo-o de seu desenvolvimento visual tornando-o mais fraco (amblíope ou olho preguiçoso).
Qualquer fator que impeça a formação do foco da imagem na retina são terríveis causadores deste mal, tais como:
• Estrabismo (olho torto): maior responsável por grande parte dos casos (devido diferença de erro de refração entre os olhos – alta hipermetropia e astigmatismo). O estrabismo acontece quando ocorre desarmonia entre os dois eixos visuais paralelos e tal alteração é perene, entretanto, o estrabismo intermitente não acarreta deficiência grave. A visão foveal do olho desviado será inferior à daquele que fixa normalmente pela mácula.
• Ametropia: erros refracionais significativos e não corrigidos em ambos os olhos impedem a formação de uma imagem nítida, dificultando o pleno desenvolvimento da acuidade visual.
• Anisometropia: diferenças superiores a 2,0 dioptrias entre ambos os olhos (seja por miopia, hipermetropia ou astigmatismo) poderão gerar uma interação binocular irregular, ocasionando um fenômeno de supressão na visão do olho mais prejudicado. Em crianças, quando não corrigida a tempo, a anisometropia pode inclusive levar à ambliopia no olho que tem um maior erro de refração.
• Por privação (ou "ex-anopsia"): é originada pela existência de um obstáculo à chegada da luz à retina em toda a sua magnitude, evitando a formação de uma imagem bem definida. Os agentes podem ser: leucoma corneano, catarata congênita uni ou bilateral, ptose palpebral, opacidades vítreas, hifema, dentre outras.
Apesar de sua incidência em crianças em idade escolar ser de aproximadamente 4%, em geral, é prevenível ou tratável nos primeiros anos de vida. A prevenção da ambliopia definitiva está no exame oftalmológico de todas as crianças antes dos dois anos de idade. No entanto, nos casos dos estrabismos de pequeno ângulo, bem como diferenças de grau, pode passar despercebida aos pais e ao médico não especialista.
Na maior parte dos casos, a ambliopia deve ser detectada e tratada antes da idade escolar, quando a visão ainda está em pleno desenvolvimento, porém não é fácil de ser detectada, principalmente pela criança, pois estas não possuem maturidade e nem conhecimento para que percebam tal impedimento. A não ser que esteja associa com outra doença, como Estrabismo, é difícil de reconhecer a ambliopia. Recomenda-se que as crianças sejam examinadas por um oftalmologista antes dos 3 anos de idade. O pediatra ou médico da família deve encaminhar a criança antes deste período caso identifique algum sinal de alteração ocular. Caso exista uma história familiar de estrabismo, catarata congênita ou outra doença ocular da infância o oftalmologista poderá examinar a criança mais precocemente.
Seu oftalmologista pode fornecer a orientação adequada para corrigir a ambliopia. O tratamento clássico e mais conhecido ainda começa com o uso de correção óptica (se indicada) seguida da oclusão do olho de melhor visão, desta forma, induzirá o “olho preguiçoso” ao trabalho. No caso da ambliopia acontece, por alguma razão, o olho não conseguir melhorar a visão apenas usando a correção óptica (óculos).
É importante salientar que as ambliopias não tratadas até os seis anos de idade são consideradas irreversíveis. O tempo para oclusão depende da intensidade e da idade do paciente (o médico-oftalmologista especialista é quem dirá o tempo e a duração desta conduta).
A participação dos pais é fundamental, pois, a oclusão do olho bom comumente não é bem aceita pela criança (que não quer ficar apenas com o olho ruim) e a persistência dos pais no tratamento deve ser mantida para a recuperação da visão da criança. O sucesso do tratamento depende do interesse e envolvimento dos pais e de sua habilidade em conquistar a confiança e colaboração da criança.
Não adianta tratar exclusivamente a causa da ambliopia, deve-se também coagir o cérebro a valer-se do olho fraco para estimulá-lo e, mesmo que o olho fraco recupere-se talvez seja preciso o uso parcial do tampão para manter o desenvolvimento (fato este que justifica literalmente o uso do tampão no período do tratamento que poderão perdurar dias, semanas, meses e até anos – pode prolongar-se até os 9 anos de idade e possivelmente, quando o tratamento é seguido corretamente, sob orientação médica e na época adequada, após essa idade a cura ocorre na grande maioria dos casos). Em algumas circunstâncias, principalmente quando a ambliopia é bilateral, é necessário realizar a oclusão alternadamente, ou seja, primeiro no olho direito e depois no olho esquerdo (geralmente com intervalo de 24hs entre uso de tampão para cada olho).
Em casos menos extremos são prescritos óculos para corrigir erros na focalização. Ocasionalmente usam-se colírios ou lentes no olho bom. Eles embaçam a vista para que o outro olho seja usado.
Uma vez instalada, a ambliopia pode ser revertida ("curada"), mas na dependência de alguns fatores. Basicamente, todavia, as medidas terapêuticas dizem respeito à "aprendizagem" visual, pelo sistema sensorial imaturo e afetado. A eficácia no tratamento varia de acordo com:
1. Idade: é fator fundamental para todos os casos, já que a ambliopia pode ser entendida como decorrente do não estabelecimento das competências neuronais (visuais), por suas vezes dependentes de estimulações visuais adequadas e precoces. Não há padrões fixos, mas a regra vale para todos os tipos: quanto mais cedo se puder iniciar o tratamento, melhor. Nas ambliopias por privação, a recuperação total dos valores de acuidade visual é muito difícil, mesmo com a correção da causa (nos casos de cirurgia de catarata congênita) e a suplementação óptica realizadas bem precocemente. Contudo, nas ambliopias por estrabismos, são comuns as recuperações completas, apesar de idades de início de tratamento relativamente tardias (ex: 7-8 anos).
2. Erradicação das causas: embora nem sempre suficiente, a remoção de opacidades (cirurgia de uma catarata congênita, de um leucoma, etc.) e a compensação óptica apropriada (lentes corretoras de defeitos ópticos) são, geralmente, as únicas medidas plausível no caso das ambliopias de privação e no das altas ametropias. Quando o elemento ocasionador é o cortical, "ativo" (a supressão), a estimulação à recuperação torna-se indispensável. Em casos de estrabismos a correção do desvio dos eixos visuais (levando à diplopia e à confusão mental) favorece-se por sua conseqüência (a ambliopia), isto é, primeiro trata-se da ambliopia (há casos em que se percebe melhora e/ou cura dos estrabismos existentes). Nos episódios onde ocorrem apenas melhora a correção cirúrgica do estrabismo deve é feita após o tratamento da ambliopia. Mas nisso não há um paradoxo, posto que o fator causal da ambliopia seja a supressão cortical e não o estrabismo em si mesmo.
3. Estimulação visual (“aprendizagem visual”): a estimulação cortical será igualmente mais eficaz quanto mais apto ao "aprendizado" estiver o sistema sensorial, ou seja, quanto mais cedo essas conexões neuronais puderem ser estabelecidas. O esquema terapêutico também dependerá de uma série de fatores por isso deve ser indicado e administrado pelo médico-oftalmologista especializado.
De acordo com Fonseca (1995), além das dificuldades visuais, ambliopia poderá favorecer a aquisição de dificuldades de aprendizagem ocasionadas por alterações no funcionamento do sistema sensorial principal, a visão, ocasionando assim problemas perceptivos que comprometem a discriminação, síntese, memória e relação espacial e visualização.
Há episódios em que o processo de estimulação à visão do olho amblíope é feito por atenuação dos estímulos chegados ao outro olho, o dominante, de modo que prevaleça a preferência pelo primeiro olho, o amblíope. Esse enfraquecimento, ou medida repressiva do olho “bom” pode ser feita por oclusão translúcida ou até mesmo por anteposição de uma lente propositalmente inadequada á correção óptica, criando-se assim uma anisometropia. Obviamente esse artifício só deve ser recomendado se, com o enfraquecimento, a preferência visual mudar do olho de melhor visão para o olho tratado.
4. Adesão ao tratamento: a determinação e disciplina na bom emprego da oclusão do olho "bom" são fundamentais na obtenção dos bons resultados.
5. Gerenciamento: alterações no esquema terapêutico são freqüentes e necessárias, tanto no sentido de propostas de aumento do rigor nas aplicações, se as respostas então obtidas estiverem abaixo das esperadas, quanto em suas reduções, se forem boas.
6. Acompanhamento: é freqüente as possíveis recaídas da visão no olho amblíope e talvez seja necessária a eventual retomada da terapêutica, por isso, recomenda-se, mesmo após a normalidade da acuidade visual ou obtenção da equalização da visão nos dois olhos, que a alta definitiva não seja dada antes das idades em que os valores de acuidade visual se tornem muito bem consolidada (entre 9-12 anos de idade).
Eis aqui algumas recomendações importantes:
- A verificação da acuidade visual em idade pré-escolar é fundamental para a prevenção de muitas patologias;
- Possibilidade de diagnóstico precoce pelo médico oftalmologista especialista.
- Iniciar o tratamento o mais precocemente possível, além de segui-lo corretamente, sob orientação médica e na época adequada.
- Uso precoce de óculos (não existe idade mínima para o uso de óculos) sob prescrição de oftalmologista especializado.
- Manutenção do tratamento: Persistência dos pais ou responsáveis.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
BICAS, Harley E. A. Ambliopia: um texto explicativo e simplificado. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo. São Paulo: 2008.
FONSECA, Vitor da. Introdução às dificuldades de aprendizagem. São Paulo: 1995.
MEC. Programa de Capacitação de Recursos Humanos do Ensino Fundamental: deficiência visual vol.’ Fascículos I – II – III / Marilda Moraes Garcia Bruno, Maria Glória Batista da Mota, colaboração: Instituto Benjamin Constant. __________ Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2001. 196 p. (Série Atualidades Pedagógicas; 6). Deficiência Visual. I.
SITES: www.cbv.med.br; www.oftalmo.com.br; pt.wikipedia.org; www.portaldaretina.com.br; atlas.ucpel.tche.br; www.oftalmopediatria.com.br; www.oticascussel.com.br.
23 de abr. de 2009
DESCULPAS
Espero que estejam em paz e com saúde... beijos!
5 de mar. de 2009
QUE MARAVILHA!!!! GANHAMOS MAIS UM PRÊMIO...
Desta vez é o prêmio "Um Blog de Ouro". Quem nos presenteou foi a Professora Celia do blog "www.deficienciavisualsp.blogspot.com". Passa lá, dá uma olhada no blog, é espetacular... tem abordado assuntos e temas muito interessantes!
Obrigada Professora Celia!
Distribuir Prêmios e Mimos é uma forma de aproximar e criar vínculos com outros blogueiros. Então dou continuidade a esse prêmio, para "correr" pelos blogues, a fim de criarmos mais laços de amizade.Prêmio "Um Blogue de Ouro", esse é um presente para os blogues que transmitem mensagens de amor e carinho; que sejam criativos, seja por sua originalidade em criar o visual do blogue, como também ter personalidade própria. Ao receber esse Prêmio deve-se:
1- Oferecer a 10 blogues que tem o estilo de ser.
2- Deve exibir a imagem do selo do prêmio em seu blogue.
3- Não se esquecer de avisar (por comentário) os blogues que foram indicados por você.
E O OURO VAI PARA:
1. http://www.planeta.sitedaescola.com/
2. http://johannaterapeutaocupacional.blogspot.com/
3. http://blog.andrei.bastos.nom.br/
4. http://blog.imediatadesign.com.br/
5. http://educandoblog.com/
6. http://blogsentidos.blogspot.com/
7. http://escolaeinclusao.blogspot.com/
8. http://vemoscomasmaos.blogspot.com
26 de fev. de 2009
VOCÊ SABE O QUE ACONTECE QUANDO OLHAMOS PARA UM OBJETO?
Quando olhamos para um objeto, antes mesmo de conseguirmos reconhecê-lo já o analisamos e "julgamos" como devemos tratá-lo. Essa é a maneira inusitada com que a visão opera no cérebro... é uma atividade que abrange diversas funções corticais. Se o objeto observado estiver desorganizado, o cérebro bota tudo no lugar pra você, mas, para isto, torna-se necessário que ele esteja em plena forma com as suas funções correspondentes aos níveis de desenvolvimento visual. Quer um exemplo? Será que você é capaz de ler o texto abaixo... vejamos:
"De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul
odrem as Lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria
e útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que
vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera
isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo."
Essa é uma das principais causas de atrasos na aprendizagem de portadores de baixa visão... é preciso identificar o nível de desenvolvimento cognitivo e das funções corticais, além de procurar amadurecer estas funções para que a criança possa evoluir suas capacidades. Para isto, existem algumas atividades que também são utilizadas com pessoas ditas "normais" para o lazer, prevenção do mal de alzeimer, por exemplo: caça-palavras, palavras cruzadas, os sete erros, entre outros.
As evoluções destas capacidades fazem parte direta do desenvolvimento normal de uma criança e podem ser praticadas para "amadurecimento" destas funções em qualquer idade. No caso da criança com baixa visão, devem obedecer a sequência lógica em seu desenvolvimento atendendo diretamente as suas necessidades e, antes que sejam apresentadas novas funções é necessário o amadurecimento desta para que haja melhor aproveitamento e prevenção de perca durante o processo.
Espero que gostem desta dica!!! Beijos a todos!
Ah... não esqueçam de postar um comentário, ok?
19 de fev. de 2009
SELINHO
OLHA SÓ! GANHAMOS MAIS UM SELINHO!!! EU SIMPLESMENTE ADOREI!!!
Quem nos parabenizou foi a professora Patricia, do blog Educar Sempre.
Obrigada! Fiquei muito feliz com a surpresa.
Atenção às regras:
1- Escolher no mínimo três blogs, não há limite máximo (pode ser quantos você desejar);
2- A regra é que o blog homenageado deve ser educativo ou relacionado a educação;
3- Os blogs escolhidos devem ser ativos com postagens atuais;
4- Link quem te ofereceu o selinho e deixe o link dos homenageados.
Esse selinho vai para as amigas comprometidas com a educação.
Beijos...
Esse selinho vai para:
http://http://rociomendezpt.blogspot.com/
http://http://corterecorteva.blogspot.com/
http://http://jackipedagoga.blogspot.com/
16 de fev. de 2009
VOCÊ SABIA?
O exame de potencial evocado apenas diz se o estimulo de luz está chegando até o cerebro, pra isso ele passa pelo olho, pela retina, pelo nervo óptico até chegar na parte de trás do cérebro. Mas a visão é muito mais complexa do que isso, pois não depende só do estimulo chegar lá, e sim, do quanto e como chega e, principalmente, da interpretação que faz daquele estímulo que está recebendo. Assim, concluimos que entre a cegueira e a visão não existe uma distancia muito grande. Afinal, o cego é aquele que realmente não percebe a luz e os outros são considerados portadores de baixa visão ou visão subnormal, mas ainda existe uma variedade muito grande nesta "categoria", variantes entre os que percebem apenas luz, outros que percebem apenas cores, formas etc.. Cada qual com uma característica particular, com dificuldades e principalmente capacidades diferentes. Desta forma, devemos sempre procurar sempre pensar e enfatizar apenas a "visão" nas capacidades e não nas dificuldades que o portador de baixa visão possui.
13 de fev. de 2009
MATERIAIS DE ELABORAÇÃO PRÓPRIA
As seguintes imagens pretendem mostrar-lhes exemplos de materiais econômicos, bem como, adaptações de recursos, de baixo custo e que estejam ao alcance de todos para prática do sistema alternativo no trabalho com crianças de baixa visão.
IDÉIAS PARA ADAPTAR ATIVIDADES ESCOLARES NO TREINO DA MOTRICIDADE
Adaptações úteis com alunos portadores de baixa visão na prática e treino da motricidade, bem como, exercício para inicialização e maturação da habilidade visomotora.
Nas atividades pré-escolares é comum utilizar emborrachados, cordões, lã, etc., na confecção e adaptação de recursos e atividades. É importante observar que estas atividades e recursos devem ser o mais simplificados possível, enfatizando unica e principalmente o objetivo a ser alcançado. A atividade não deve ser cansativa, tampouco se deve apressar a criança. É de suma importância a participação do profissional de forma direta durante as primeiras apresentações destas atividades. É necessário que sejam dadas as informações por etapas oralmente (pausas durante as apresentações das características da atividade). Vejamos os exemplos a seguir:
1. FORMAS CIRCULARES
(flor adaptada com emborrachado - vazado em círculo no miolo da flor, corpo de lã e folha de cartolina laminada verde)
Professora: Esta é uma flor. Olhe que bonita! Aqui estão as pétalas, o miolo... (neste momento a professora fala a parte expercífica, dá sua característica e pede a criança para olhar ao mesmo tempo que segurando em sua mão passa por sobre esta parte).
Após a apresentação, pede a criança para contornar, na forma circular, o miolo da flor.
A medida que a criança vai dominando o movimento e o reconhecimento tátil e visual, a professora poderá adaptar novas atividades, diversificando quantidades (1, 2, 3...), tamanhos (do maior para o menor), relevos (alto, médio, baixo e nenhum relevo - apenas o contraste) e até as formas (flor, carro, pirulito...).
Nas atividades com barbantes, no exemplo a seguir, o professor poderá trabalhar outros conteúdos - neste caso o tema será higiene. E, para complementar seu raciocínio lógico, o profissional poderá fazer o sabonete de emborrachado na cor vermelha e as bonhas com contornos de barbante ou cordão.
Para temas matemáticos, a criança poderá identificar as maiores, ou menores; o professor poderá solicitar que elas pintem somente as pequenas, ou as iguais, ou até mesmo que faça colagens com papel laminado. As crianças adoram!
Além das formas geométricas, com estas atividades, o profissional poderá trabalhar dentro e fora, bem como, fazer relação das formas geométricas com o meio, como no exemplo abaixo, onde o quadrado se transforma numa janelinha que, de acordo com a musiquinha "a janelinha fecha quando está chovendo... a janelinha abre, o Sol está aparecendo...", faz relação com atividades da vida diária.
Após o trabalho com formas geométricas e figuras simplicadas, é possível trabalhar as letrinhas do alfabeto utilizando lixa para prática do contorno e reconhecimento visual (o tamanho da letra varia entre 250 e 100, possíveis a atender ao movimento mínimo da coordenação motora e dimensão máxima do campo visual da criança, se possível). A aprendizagem da escrita e reconhecimento visual do próprio nome poderá ser um dos objetivos a alcançar com esta atividade. À medida que houver domínio de contorno e reconhecimento das letras o profissional vai trabalhando as letras sequenciadas de formas separadas (em tamanhos maiores) e juntas (em tamanhos menores a medida que foram acrescentadas novas letras).
Por enquanto é só... espero realmente que gostem desse material. Posso garantir sua funcionalidade. Utilizo constantemente em meus atendimentos e alcançado 100% de funcionalidade.
Se tiverem dúvidas ou sugestões para engrandecimento desta atividade, postem comentários no link "comentários" localizado abaixo.
Um abraço a todos!!!
6 de fev. de 2009
Sinopses de filmes - Deficiência visual
20 de jan. de 2009
A ESTIMULAÇÃO VISUAL COM ENFOQUE NO DESENVOLVIMENTO VISUAL DA CRIANÇA COM DÉFICIT CORTICAL – ESTUDO DE CASO
Foram adaptadas diferentes formas de tipógrafos para trabalhar a coordenação motora, visando desenvolver o processo de escrita, alcance do estágio ideal, facilitando assim, a aquisição futura de uma melhor habilidade para a leitura. A criança poderá utilizar esse recurso, o tipógrafo, também como auxílio para o alinhamento e distribuição das letras e frases durante o processo de escrita, além de oferecer melhor dimensão do espaço a ser utilizado e a relação deste com o tamanho da palavra. Além de que, durante este processo de aquisição da escrita podemos encontrar uma relação deste com a teoria da psicogênese de Piaget e Emília Ferreiro. É oportuno que a escrita se desenvolva bem antes da aquisição das habilidades e/ou capacidades visuais para o processo de leitura.
Ainda, no final do ano de 2007, BS oralizava e escrevia com auxílio do tipógrafo as letras do alfabeto (letras de imprensa), palavras e pequenas frases, mas, no entanto, ainda não havia alcançado uma capacidade visual para leitura.
Este ano, em 2008, em parceria com os pais, BS está matriculada numa escola regular de ensino e esta tem acompanhado de forma prazerosa tal experiência. Com esta parceria, visamos minimizar a tensão obtida durante quase dois anos, com relação “Braille” e “negro”, e dar-lhe oportunidade de conviver com outras crianças, numa nova rotina de trabalho, pretendendo com isso, além de seu desenvolvimento cognitivo a evolução de sua condição visual-cognitiva.
Assim sendo, com o apoio da mãe e da escola, tem sido possível até hoje, desenvolver suas habilidades socializando e integrando a BS ao mundo panorâmico.
É extraordinária a mudança advinda de seu ingresso numa escola “comum” em que convive com crianças ditas “normais”. Seu material escolar está sendo adaptado durante todo o processo. Os pais compraram os livros comuns para facilitar o acompanhamento com o professor de estimulação visual e a terapeuta ocupacional, para que possam trabalhar com antecipação habilidades necessárias para execução de algumas atividades. A escola tem demonstrado aceitação e interesse no trato com a criança, a família e os profissionais.
BS não demonstra aparentemente nenhum tido de dificuldades em seu processo de aprendizagem, entretanto, é possível perceber que a BS apresenta atraso com relação aos processos de leitura e escrita (maior dificuldade com a leitura). Tais dificuldades, de forma alguma, prejudicarão seu desenvolvimento educacional, pois, é possível, através de adaptações e das orientações dadas ao professor de sala comum promover o acesso à aprendizagem e aquisição de conhecimentos através de conteúdos abordados em sala de aula.
A aprendizagem e assimilação do conteúdo podem se incidir através de conteúdos oralizadas e/ou atividades adaptadas, afinal, o objetivo principal da escola é o conhecimento e aprendizagem dos conteúdos. A leitura e a escrita seriam apenas recursos para esta aquisição. No entanto, não é possível que a BS utilize-se da leitura para aquisição do teor escolar. A família, os profissionais e colegas de sala servirão de intercâmbio entre o conteúdo a ser lido e a criança.
17 de jan. de 2009
SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA ESTIMULAÇÃO VISUAL
MATERIAL:
1. Sala de aula / Sala de atendimento / ambiente iluminado
2. Luzes (natural e artificial)
3. Recursos em branco e preto e/ou contrastantes
OBJETIVO:
- Com a realização desta atividade a criança será capaz de perceber, tomar consciência e buscar a fonte luminosa e/ou contraste.
ATIVIDADE 1 – COM LUZ SOLAR OU LUZ AMBIENTE
Utilizam-se contrastes entre obscuridade e claridade:
a) Fechar e abrir a janela, fazendo com que a criança perceba que a luz do sol lhe chega até os olhos;
b) Com ajuda do espelho, fazer com que a luz solar se reflita no rosto da criança;
ATIVIDADE 2 – COM LUZ ARTIFICIAL DA LANTERNA
a) Fazer jogos de luzes, focando o rosto da criança com movimentos horizontais e verticais (lentamente, partindo sempre do centro para fora), motivando a busca, ou no nível ocular ou manipulativo (se sua motricidade o permite).
b) Para motivá-la a permanecer olhando para a luz da lanterna, você poderá acrescentar focos intermitentes (apagando e acendendo a lanterna com pequenos intervalos) utilizando filtros (pode ser papel acetato ou celofane colorido) ou lâmpadas coloridas.
c) Utilizar a luz natural ou artificial através de objetos brilhantes: colocar os objetos brilhantes na entrada da luz solar, girando-os para que possam refletir mais a luz e favorecer uma melhor visualização para a criança.
ATIVIDADE 3 - OBJETOS DE CORES INTENSAS E CONTRASTANTES
a) Apresentar os objetos aproximando-os dos olhos da criança, estimulando-a a pegar e manuseá-lo, para que, posteriormente, a criança seja capaz de captar a presença de um objeto, reconhecê-lo e/ou identificá-lo (mesmo que parcialmente).
Observação:
1. A tonalidade cromática do objeto deverá contrastar com o fundo ambiental ou se o objeto tiver mais de uma cor, sua combinação precisa ser diferenciada.
2. Manter repetidos contatos visuais com os estímulos apresentados, tanto em forma estática como em movimento, respeitando o campo visual da criança e a distância a qual possa perceber o objeto.
3. Nos casos onde exista maior visão em um olho, apresentaremos os estímulos no campo visual dominante.
4. Realizar seguimento do objeto em movimento horizontal, vertical, diagonal e circular (sempre iniciando com pequenas pausas na parte central).
5. Localizar o objeto, assinalar ou indicar de onde está ou pegá-lo é fundamental para organização cognitiva da criança.
6. Discriminar entre dois ou mais objetos facilita associar, pode optar e fazer demandas, naquelas crianças com graves dificuldades na expressão verbal.
"Muitas mudanças ocorreram nos últimos vinte anos, quando teve início a prática da Baixa Visão em nosso país. O oftalmologista brasileiro, porém, ainda não se conscientizou da responsabilidade que lhe cabe ao determinar se o paciente deve ou não receber um tratamento específico nessa área. Infelizmente, a grande maioria dos pacientes atendidos e tratados permanece sem orientação, convivendo, por muitos anos com uma condição de cegueira desnecessária." (VEITZMAN, 2000, p.3)
..
NÃO ESQUEÇA!....
FONTES PARA PESQUISA
- A VIDA DO BEBÊ - DR. RINALDO DE LAMARE
- COLEÇÃO DE MANUAIS BÁSICOS CBO - CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA
- DIDÁTICA: UMA HISTÓRIA REFLEXIVA -PROFª ANGÉLICA RUSSO
- EDUCAÇÃO INFANTIL: Estratégias o Orientação Pedagógica para Educação de Crianças com Necessidades Educativas Visuais - MARILDA M. G. BRUNO
- REVISTA BENJAMIN CONSTANT - INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT