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16 de nov. de 2008

A ESTIMULAÇÃO VISUAL COM ENFOQUE NO DESENVOLVIMENTO VISUAL DA CRIANÇA COM DÉFICIT CORTICAL – ESTUDO DE CASO

2ª ETAPA – TRABALHANDO COM AS FUNÇÕES VISO-COGNITIVAS


Após amadurecimento das funções visuais cognitivas e melhora no reconhecimento de luzes coloridas (luz direta), tornou-se possível inserir recursos coloridos iluminados com a luz da lanterna (luz indireta). Inicialmente, foram utilizadas atividades com associações: luz direta vermelha = luz indireta com objeto vermelho, luz direta azul = luz indireta com objeto azul, e assim por diante.

Concomitante a estas, eram realizadas atividades de colagens com brilhos e contrastes (utilizando-se da técnica dois em um) com uso de luminária visando incentivar o hábito da postura correta, bem como, desenvolver sua atenção visual, coordenação visomotora e habilidades viso-cognitivas.




Aos poucos as luzes diretas (lanterna) já não eram mais necessárias, pois, a criança já fazia, além do reconhecimento, a seleção e associação das cores com uso de objetos coloridos e luminária.




Ainda com uso da lanterna, foram inseridas atividades como adivinhações e experiências com contação de estórias (variando uso de miniaturas e livro de estórias coloridos).





Com a luminária também eram utilizadas brincadeiras com músicas e objetos coloridos (com uma única cor), entre outras, como por exemplo: para adivinhações – primeiro a criança toca, manipula e olha o coração vermelho do tamanho da palma da mão, neste momento são citadas todas as suas características (cor, tamanho, forma, brilho e cheiro), depois se faz o mesmo com a bola azul (maior que a palma da mão). Mostrar ambas com uso da luz na luminária, aproximando o mais próximo possível e a criança poderá responder de acordo com as características especificadas: A criança reconhece o coração por ser vermelha? Reconhece a bola por ser maior? Ambas têm o mesmo cheiro? (sim)... Outra forma é colocar café e açúcar em recipientes plásticos transparentes e pedir a criança, após reconhecer as características gerais de cada um, para identificar qual é o açúcar (por ser mais claro) e qual é o café (por ser mais escuro). Confirmar adivinhações através do tato e do olfato.

Além destas atividades, eram realizadas adaptações para atividades lúdicas, como: esconde-esconde com uso da luz de lanterna em sala escura, contação de estórias com as luzes coloridas (estas visavam desenvolver também sua atenção visual), etc. era sempre percebível o prazer que sentia durante os atendimentos.

O contato visual de BS com o ambiente começou a melhorar. Era tamanho o interesse em descobrir o mundo colorido que se encontrava ao redor. Já procurava olhar e depois pegar para manusear e investigar os objetos de interesse dentro de seu campo visual.
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"Muitas mudanças ocorreram nos últimos vinte anos, quando teve início a prática da Baixa Visão em nosso país. O oftalmologista brasileiro, porém, ainda não se conscientizou da responsabilidade que lhe cabe ao determinar se o paciente deve ou não receber um tratamento específico nessa área. Infelizmente, a grande maioria dos pacientes atendidos e tratados permanece sem orientação, convivendo, por muitos anos com uma condição de cegueira desnecessária." (VEITZMAN, 2000, p.3)

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NÃO ESQUEÇA!....

NÃO ESQUEÇA!....

FONTES PARA PESQUISA

  • A VIDA DO BEBÊ - DR. RINALDO DE LAMARE
  • COLEÇÃO DE MANUAIS BÁSICOS CBO - CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA
  • DIDÁTICA: UMA HISTÓRIA REFLEXIVA -PROFª ANGÉLICA RUSSO
  • EDUCAÇÃO INFANTIL: Estratégias o Orientação Pedagógica para Educação de Crianças com Necessidades Educativas Visuais - MARILDA M. G. BRUNO
  • REVISTA BENJAMIN CONSTANT - INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT