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23 de dez. de 2008

CAPACIDADES E FUNÇÕES PERCEPTIVO-VISUAIS QUE SE PRETENDE TRABALHAR NA ESTIMULAÇÃO VISUAL - PARTE I

 

PERCEPÇÃO VISUAL: Capacidade que se tem de interpretar o que é visto. Procedimento pelo qual as impressões recebidas pelo olho são transmitidas ao cérebro onde ocorre relacionamento com as experiências passadas.
- Requer maturação (fatores neuromotores e psicológicos);
- Requer experiência.
O desenvolvimento de uma criança surge através de suas experiências de percepção visual, dos objetos pelos quais entra em contato. Suas habilidades de visão perceptual é que permitirá que ela realize qualquer tarefa que envolva reconhecimento e reprodução de símbolos visuais (como aprender a ler, escrever, soletrar, realizar problemas de matemática).
A criança que apresentar algum déficit na percepção visual está também sujeita aos distúrbios emocionais, tornando-se confusa, enraivecida e envergonhada, o que geralmente resulta em distúrbios de comportamento e de personalidade e, às vezes, este problema poderá resultar num distúrbio emocional bastante severo que faz com que a criança atente mais para seus sentimentos internos e fantasias, que aos estímulos ao seu redor. È preciso ter muito cuidado durante este período de desenvolvimento, bem como, em alguns casos um acompanhamento profissional para a transposição desta fase.
As pesquisas realizadas a este respeito mostram que a criança com baixa indicação nos testes de percepção visual são, comumente, as mais fracas nos estudos e adaptação escolar, além da diminuição em sua capacidade de prestar atenção.
É difícil descobrir a causa para este tipo de deficiência, podendo ser de origem patológica (como a disfunção cerebral mínima) ou um simples atraso de desenvolvimento perceptual sem causas imediatas reconhecíveis.
Para Frostig, até 7½ anos, a percepção visual é a tarefa de desenvolvimento mais importante da criança. Não há apenas uma capacidade perceptual visual, mas várias, as quais se desenvolvem mais ou menos independentemente uma das outras e podem sofrer perturbações com relativa independência umas das outras e em graus variados.
EFICIÊNCIA VISUAL: Controle do mecanismo ótico
- Envolve: velocidade e capacidade de filtração.
- Depende: do uso máximo de visão residual.
Poucos diagnósticos de redução da capacidade visual descrevem qualquer coisa sobre a eficiência visual da criança, com exceção daqueles que indicam cegueira total por enucleação (retirada do olho). Isto ocorre devido às medições de acuidade não descrever as habilidades funcionais e de desenvolvimento. Por exemplo, uma criança de 5 anos com diminuição da capacidade visual e que não responde sa¬tisfatoriamente a um teste padrão de acuidade (consistindo na descrição de uma figura) ou a um teste de orientação visual (directional eye testing) pode estar inapropriadamente diagnosticada, podendo esta, estar apresentando um atraso em seu desenvolvimento e não ter ainda desenvolvido as habilidades visuais relacionadas com a tarefa apresentada no teste.
Com relação ao ponto de vista da eficiência visual a qualidade da resposta depende não só da quantidade e qualidade da absorção da imagem que é captada pelas células fotoreceptoras da retina, mas também da forma como esta alcança a área occipital do cérebro (parte responsável pela função visual) e, além do processo de organização e tratamento ao qual estará sujeita no córtex visual, dependerá também da integração da imagem com relação à informação preexistente arquivada na memória.
É bom lembrar que o material didático deve seguir orientações de um profissional especializado, pois a adaptação resulta de avaliação e prescrição do oftalmologista levando em conta a acuidade e eficiência visual do aluno.
Assim, podemos concluir que as imagens captadas por nossos olhos, não dependem única e exclusivamente do olhar, mas da interação ativa do cérebro na codificação dos múltiplos estímulos que permite atribuir um sentido à informação apreendida pela retina.
EXPERIÊNCIA VISUAL: Abrange: acuidade visual, reconhecimento e retenção da imagem, associação com experiências passadas e símbolo, formação de conceitos.
A interação de mãos e olhos começa na medida em que a criança desenvolve maior controle motor e perceptivo – os olhos se juntarão às mãos para explorar melhor o ambiente tridimensional – iniciando o extenso processo de refinamento do controle motor fino. É a visão que conduz esse processo, permitindo que a criança desenvolva níveis mais altos de percepção e reconhecimento de formas, da mesma maneira que o sistema motor a capacitou a estabelecer a experiência visual de forma e direção, unificando e globalizando o conhecimento em sua totalidade.
Para aquisição de experiências visuais são necessárias que as orientações sejam transmitidas de modo global, permitindo que a criança localize-se numa situação real de vida, podendo ser auxiliada na aquisição de novos conhecimentos, estruturando interiormente suas experiências num todo organizado. Geralmente, isso é feito com a participação ativa do profissional oralizando cada ato pensado e impensado realizado pela criança, proporcionando facilitar essa globalização, criando oportunidades de observação através de todos os sentidos remanescentes.
Cont.

22 de dez. de 2008

FUNCIONAMENTO VISUAL DESENVOLVIDO DA EFICIÊNCIA VISUAL


Aqui vão algumas dicas para o funcionamento visual desenvolvido da eficiência visual:
1. Variável e dependente da visão residual: o trabalho a ser desenvolvido fica existente dependente das possibilidades visuais apresentadas pela criança;
2. Tendência à miopia e ao estrabismo: necessidade de intensa iluminação;
3. Possibilidade de evolução para cegueira: utilizar estímulos luminosos, material brilhoso (papel laminado), estimular resíduo visual para orientação e mobilidade (locomoção), verificar possibilidade de estimulação da visão de cores; verificar possibilidade de estimulação da sensibilidade a contrastes.

MODIFICAÇÕES DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS PARA O BOM FUNCIONAMENTO VISUAL
- Controle da iluminação: aumentando-se a iluminação ambiental com focos luminosos para objetos, folhas de trabalho, textos, etc.
- Transmissão da luz: com auxílio de lentes absortivas e filtros que diminuem o ofuscamento e aumentam o contraste.
- Controle da reflexão: com tiposcópios, visores, oclusores laterais e lentes polarizadas.
- Acessórios: caneta de ponta porosa preta, lápis de escrever 6B, papel com pautas pretas, figura sem muitos detalhes e com traçado escurecido e nítido (pré-escolar), suporte para leitura e partituras musicais.
- Aumento de contraste: usando-se cores bem contrastantes (preto/branco, preto/amarelo, branco/vermelho, etc) em materiais como: folhas de papel em geral, canetas porosas, quadro branco/caneta preta, quadro de giz (preto)/giz branco, cores escuras em fundo brilhoso (papel laminado) e/ou vice-versa.
- Ampliação: desenhos, figuras, exercícios, livros, jogos, etc (é preciso ter cuidado para não ultrapassar tamanho do campo visual).

19 de dez. de 2008

PAIS E BEBÊS COM BAIXA VISÃO


Os pais de crianças com deficiência visual, ao primeiro diagnóstico, o encaram com problemas emocionais, repleto de trauma e aflição. Acontece uma desordem e uma indecisão que acometem o escurecimento de seus raciocínios até que estes, após uma grande pausa, possam começar a entender e aceitar a realidade da situação. Quando isto acontece, tendem a procurar informações através de sistemas de apoio, pesquisas e até leituras buscando solucionar e/ou aprender a lidar com situações-problemas existentes e que irão por vir.
As causas mais freqüentes das deficiências visuais na primeira infância, de acordo com Bruno (2006), são:
- Coriorretinite por toxoplasmose congênita (infestação pelo protozoário Gondi na gestação);
- Catarata por síndrome da rubéola congênita (mãe adquire rubéola na gestação);
- Retinopatia por prematuridade, hemorragias e lesões vasculares;
- Malformações oculares, encefalopatias e síndromes;
- Atrofia óptica por infecções, vírus, bactérias, alterações no sistema nervoso central por anóxia ou hipóxia, meningite, encefalite e hidrocefalia, e
- Deficiência visual cortical pelas causas já citadas, drogas de todos os tipos e quadros convulsivos.
Existem seis etapas de desenvolvimento nas quais, os pais, bem como membros de uma equipe clinico-terapeutica-educacional, participem. Os pais, juntamente aos demais membros desta equipe, são responsáveis diretos de oferecer oportunidades nestas diferentes etapas visando identificar as variáveis a considerar e as decisões a tomar à medida que o desafio é maior. Com o desenvolvimento do bebê e aumento de suas responsabilidades paternas, o foco gradativamente se repete favorecendo uma participação bem mais ativa com relação às decisões educativas e pessoais. Inicialmente, para que isso aconteça e esta participação ocorra de forma funcional e necessária, os pais deverão estar conscientizados da precisão destas informações.
Como todo recém-nascido, o bebê com déficit visual, depende do outro (pais, educadores, entre outros) para que estes dêem acolhidas às suas necessidades, desejos, sentimentos, medos e angústias. No entanto, mais do que as outras crianças, ele precisa de pessoas disponíveis para lhe descrever o mundo, falar sobre o que acontece, contar como as pessoas agem e brincam para que possa formar suas percepções, interpretar situações e compreender o mundo. Caso isso não aconteça, o desconhecido (como situações novas, pessoas não familiares, ambientes confusos e ruídos) poderá gerar tensões, tornando a criança insegura, acarretando-lhe muitas vezes uma desorganização psíquica, manifestada por comportamentos de ansiedade, agitação, irritabilidade ou, de outra forma, apresentando-se apática, distante e alheia a tudo e a todos.
Como forma de prevenir tais situações, os pais contam com o apoio dos professores especialistas em baixa visão. São eles que estabelecem uma comunicação e afinidade com os pais, dando-lhes apoio positivo, interpretando as informações clínicas dadas pelos médicos oftalmologistas, tirando dúvidas e tratando de responder perguntas de forma honesta ou indicando profissionais adequados e/ou materiais adaptados necessários. Além disso, podem também, adaptar técnicas de ensino para os pais durante suas visitas e deixar instruções escritas a respeito de tarefas que os pais possam realizar diariamente para estímulo das áreas tátil, visual e auditiva, incentivando-os para que conversem com o bebê desde cedo nomeando objetos, sons e ações.
Esta etapa é sempre a mais difícil, pois, os pais nem sempre se sentem seguros para tais responsabilidades, assim como, quando não totalmente conscientizados, principalmente quando desconhecem totalmente da veracidade destes programas, muitos deixam a desejar e isso obviamente irá prejudicar o desenvolvimento de seu filho. É preciso haver uma comunicação satisfatória e, além disso, uma interação e parceria deste com os profissionais de apoio, durante cada fase alcançada.
Alguns estudos mostram que a criança portadora de cegueira total pode apresentar um melhor ajustamento do que a de visão subnormal; o que, talvez, possa ser explicado, pela dicotomia de precisarem viver entre dois mundos e porque os pais e os educadores tendem a esperar mais delas do que das totalmente cegas, sem fazer idéia de quão defeituosa é essa visão, ou em que características particulares reside a sua deficiência (ZIMMERMAN, 1965).
De acordo com Scholl, a criança com baixa visão necessitará de oportunidades de aprendizagem, através de experiências sensoriais “significativas” compensatórias por meio de suas outras vias perceptivas não afetadas. O que quer dizer que não basta entregar-lhe o estimulo, é preciso criar as ocasiões de aprendizagem e não, simplesmente, de estimulação. Isto, obviamente, se entendermos por estimulação algo dado à criança com um conhecimento prévio de seu sistema de motivação, bem como do que é apropriado ao seu nível de desenvolvimento. A oportunidade para aprendizagem implica muito mais que isso, envolve todo "um clima emocional onde é dada à criança orientação e liberdade em proporções justas e relativas às suas necessidades como uma personalidade em desenvolvimento”. (NORRIS et al., 1957).
De acordo com estas colocações, é possível compreender a precisão desta assistência, tanto por parte dos pais quanto dos profissionais diversificados de atendimentos. Vemos o quanto a criança com déficit visual pode ser mal conduzida em seu desenvolvimento e aprendizagem, quando guiada pela dúvida, super-proteção e, até mesmo pelo desconhecimento das pessoas que a cercam. É preciso buscar informações e porquês. É preciso não ter medo de questionar fatos, casos e situações, além de experimentar, experienciar, e principalmente, observar as reações da criança, em diferentes tempos, modos e técnicas de aplicação, pois, somente ela, a criança, poderá mostrar qual o caminho certo e a intensidade do aproveitamento, além de seus desejos e necessidades. É preciso, acima de tudo, saber ouvir e enxergar a criança.

15 de dez. de 2008

O PEIXINHO GLUB (HISTORINHA PARA TV E PC)

Esta estorinha além de trabalhar a atenção visual, tolerância da criança durante o exercício das atividades visuais e estimular o interesse, busca visão, acomodação visual, atenção, localização espaço-temporal, entre outros, pode utilizar-se também abordagens socio-educativas. È possível utilizá-la várias vezes, com diferentes tipos de abordagens a favorecerecer o melhor desenvolvimento e aproveitamento da memória visual.

Espero que gostem! Fiquem com Deus!





























11 de dez. de 2008

RECURSOS PARA BAIXA VISÃO (IMAGENS JPEG PARA TV E PC)

Aqui existem algumas imagens que costumo trabalhar (algumas utilizando miniaturas), contando histórias, fatos da vida real, dando características a cada caractere, enfim, se utilizando de criatividade você poderá usufruir destas imagens visando alcançar diferentes objetivos, além de favorecer o desenvolvimento de muitas habilidades visuais e cogniticas.

Espero sinceramente que gostem! Bom trabalho!

(PARA AMPLIAR A IMAGEM, BASTA CLICAR E ASSIM PODERÁ SALVAR EM SEU PC)




































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"Muitas mudanças ocorreram nos últimos vinte anos, quando teve início a prática da Baixa Visão em nosso país. O oftalmologista brasileiro, porém, ainda não se conscientizou da responsabilidade que lhe cabe ao determinar se o paciente deve ou não receber um tratamento específico nessa área. Infelizmente, a grande maioria dos pacientes atendidos e tratados permanece sem orientação, convivendo, por muitos anos com uma condição de cegueira desnecessária." (VEITZMAN, 2000, p.3)

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NÃO ESQUEÇA!....

NÃO ESQUEÇA!....

FONTES PARA PESQUISA

  • A VIDA DO BEBÊ - DR. RINALDO DE LAMARE
  • COLEÇÃO DE MANUAIS BÁSICOS CBO - CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA
  • DIDÁTICA: UMA HISTÓRIA REFLEXIVA -PROFª ANGÉLICA RUSSO
  • EDUCAÇÃO INFANTIL: Estratégias o Orientação Pedagógica para Educação de Crianças com Necessidades Educativas Visuais - MARILDA M. G. BRUNO
  • REVISTA BENJAMIN CONSTANT - INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT