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28 de ago. de 2011

Método TEACCH

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O TEACCH (Treatment and Education of Autistic and realated Communication-handicapped Children)

é um programa especial de educação talhado para as necessidades individuais de aprendizagem da criança autista, baseado no desenvolvimento do quotidiano.•

Baseado no fato das crianças autistas serem frequentemente aprendizes visuais, o TEACCH traz uma clareza visual ao processo de aprendizagem, buscando a receptividade, a compreensão, a organização e a independência. A criança trabalha num ambiente altamente estruturado que deve incluir organização física dos móveis, áreas de atividades claramente identificadas, murais de rotina e trabalhos baseados em figuras e instruções claras de encaminhamento. A criança é guiada por uma sequência de atividades muito clara e isso ajuda que ela fique mais organizada.

Acredita-se que um ambiente estruturado para uma criança autista crie uma forte base para a aprendizagem. Embora o TEACCH não foque especificamente nas habilidades sociais e comunicativas tanto quanto outras terapias, ele pode ser usado junto com essas terapias para torná-las mais efetivas.

Objetivo: aumentar o funcionamento independente. Valoriza o aprendizado estruturado (principalmente no início do tratamento). Dá importância à rotina e a informação visual. É necessário organizar e simplificar o ambiente, apresentando menos estímulos sensoriais concomitantes. Isto facilita a criança a focar a atenção nos detalhes relevantes.

UTILIZAÇÃO DE MATERIAL COM INFORMAÇÃO VISUAL

A informação dada visualmente tem como objetivo amenizar as dificuldades de comunicação existentes. A programação das atividades do dia deve ser dada visualmente. Pode existir um quadro indicando, em seqüência, quais atividades ou tarefas a criança deve realizar. Alguns quadros são feitos de maneira a induzir a criança a retirar o cartão com a foto ou desenho da próxima atividade e depositá-la no local onde deve ir. Por exemplo, retirar a foto da piscina do quadro e colocá-la em um lugar com o mesmo símbolo na piscina. É claro que a utilização dos quadros requer um aprendizado. Inicialmente alguém fará cada passo com a criança, colocando os cartões em sua mão e ensinado-a a colocá-lo no local. Quando a atividade tiver acabado, a criança deve voltar ao quadro de tarefas para ver qual a próxima atividade e pegar seu respectivo cartão. Com o tempo ela poderá realizar a tarefa de maneira independente. O fundamental é a persistência até que a criança aprenda a utilizar a informação visual. Na maioria das vezes a utilização deste método traz tranqüilidade à criança já que possibilita melhor compreensão e comunicação. O quadro a seguir ilustra os passos que a criança deve seguir ao chegar na escola e quais serão as atividades: guardar mochila, ir ao banheiro, jogo, lavar as mãos, lanchar e ir para casa. Ao invés do nome pode-se colocar uma foto da criança em cima do quadro de suas atividades. É necessário que ao ver a figura a criança entenda o que se espera dela. Isto ajuda na organização, minimiza possíveis problemas de linguagem receptiva e dá independência para a criança. É possível também utilizar material visual para ensinar a fazer determinadas tarefas como fazer café, escovar os dentes, etc. A próxima figura utiliza um álbum para ensinar a fazer café. As páginas do álbum possuem uma seqüência de fotos que ensinam cada passo de como fazer café. Primeiro pega a água, depois colocar na cafeteira, etc. Este tipo de orientação pode servir para qualquer coisa que se queira ensinar para a criança. É obvio que isto implica em um aprendizado. Inicialmente os passos serão dados com auxílio, mas sempre utilizando o álbum como referencial para a criança. É fundamental iniciar com tarefas bem simples (como por exemplo, pegar biscoitos em um pote) e sempre utilizando as fotos para a criança aprender a obter a informação ordenada e organizada visualmente. A família pode ter também um esquema na parede para a criança se situar com relação aos dias da semana e o que fará em determinado dia. Nos dias de semana pode-se colocar uma foto dela com uniforme da escola ou algum logotipo que a criança associe à escola. Nos sábados e domingos pode-se colocar uma foto de casa ou foto da criança com os pais ou avós. O importante é que fique claro para a criança que dia é hoje e o que ela fará. É também útil fotografar os locais e pessoas que fazem parte da vida da criança. Assim, quando os pais forem explicar para a criança aonde ela vai, podem mostrar uma foto ilustrativa enquanto passam a informação verbal (“hoje vamos à casa da vovó” e mostra a foto). Outro método utilizado com o intuito de aumentar a comunicação é o PECS (Picture Exchange Communication System). Este sistema utiliza cartões contendo fotos ou logotipos de coisas relevantes para a criança. Pode-se iniciar com coisas que a criança gosta de comer e ensiná-la a utilizar os cartões como objeto de troca pelo que deseja.

Fonte: Drª.Carla Gikovate – Neurologista Infantil – Mestre em Psicologia

http://www.carlagikovate.com.br

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"Muitas mudanças ocorreram nos últimos vinte anos, quando teve início a prática da Baixa Visão em nosso país. O oftalmologista brasileiro, porém, ainda não se conscientizou da responsabilidade que lhe cabe ao determinar se o paciente deve ou não receber um tratamento específico nessa área. Infelizmente, a grande maioria dos pacientes atendidos e tratados permanece sem orientação, convivendo, por muitos anos com uma condição de cegueira desnecessária." (VEITZMAN, 2000, p.3)

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FONTES PARA PESQUISA

  • A VIDA DO BEBÊ - DR. RINALDO DE LAMARE
  • COLEÇÃO DE MANUAIS BÁSICOS CBO - CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA
  • DIDÁTICA: UMA HISTÓRIA REFLEXIVA -PROFª ANGÉLICA RUSSO
  • EDUCAÇÃO INFANTIL: Estratégias o Orientação Pedagógica para Educação de Crianças com Necessidades Educativas Visuais - MARILDA M. G. BRUNO
  • REVISTA BENJAMIN CONSTANT - INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT