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6 de jun. de 2012

A delicadeza entre querer e poder brincar - cuidados especiais nas brincadeiras de crianças com diminuição da visão em consequência a algum dano cerebral - parte II


De modo geral o que precisamos priorizar em um programa de intervenção :
-dar preferência por brinquedos com padrão de alto contraste e de cores vibrantes. Evidenciar o contorno dos objetos e imagens e enfatizar os detalhes para a construção da imagem mental. Tudo isso para potencializar a integração da informação visual durante as atividades cotidianas como brincar, hora do banho, hora de comer, pois além dos brinquedos, os utensílios de alimentação, higiene e vestuário devem ser cuidadosamente adaptados do ponto de vista visual.
Integrar a função visual em todas as atividades cotidianas incentiva a formação de novas redes neurais para a aprendizagem funcional e significativa

Muitos brinquedos podem ser confeccionados com materiais recicláveis. Com um pouco de imaginação, conhecimento e criatividade podemos fazer brinquedos interessantes de se ver.
-adequar iluminação do ambiente e objetos. Muitas vezes para manter a atenção a criança precisa brincar com iluminação reduzida ou um foco luminoso dirigido ao brinquedo, como por exemplo, iluminar o rosto da mãe para fazer brincadeiras face a face.
-manuseio* – esse é um termo comum para quem lida com pessoas com alteração da postura e movimento. O terapeuta especializado tem o domínio do manuseio e posturas, e fará vivências com a família dando dicas práticas para as atividades cotidianas. Além disso, quando tocamos alguém estamos interferindo de algum modo na sua ação e percepção. São trocas contínuas de temperatura, pressão, memória, humor, afetos. Por isso o nosso cuidado deve ser redobrado em crianças com baixa visão e disfunção neuromotora. É um diálogo, no mínimo, corporal. É importante para criança saber que vai ser tocada, o terapeuta perceber a permissão da criança, além de avaliar se existe algum distúrbio de modulação sensorial para a terapia não se transformar em momentos de tensão.
Dar oportunidades para descobertas diárias priorizando vivências com o tempo necessário. A exploração para aprender vem com a repetição natural e espontânea no brincar com significado.  “Treinos para estimulação visual” sem significado não são importantes. Por isso que o terapeuta e a família precisam descobrir junto com a criança situações contextuais para ela aprender a usar a visão residual brincando.
No brincar da criança com baixa visão de origem central o que mais chama atenção é o cuidado que devemos ter do momento mágico entre o querer e o poder. Precisamos refinar a nossa percepção para encontrar o momento e o jeito mais propício de favorecer um caminho de aprendizagem em constante descoberta e prazer. A intervenção do terapeuta ocupacional é buscar dar sentido as ocupações da criança e que estas sejam sustentáveis no sentir, movimentar, interagir, descobrir, repetir e aprender.
Que os ambientes, os objetos, as pessoas, e o próprio corpo sejam convidativos para ver e interagir.



FONTE: http://terapiaocupacional-bethprado.blogspot.com.br/search/label/baixa%20vis%C3%A3o

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"Muitas mudanças ocorreram nos últimos vinte anos, quando teve início a prática da Baixa Visão em nosso país. O oftalmologista brasileiro, porém, ainda não se conscientizou da responsabilidade que lhe cabe ao determinar se o paciente deve ou não receber um tratamento específico nessa área. Infelizmente, a grande maioria dos pacientes atendidos e tratados permanece sem orientação, convivendo, por muitos anos com uma condição de cegueira desnecessária." (VEITZMAN, 2000, p.3)

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NÃO ESQUEÇA!....

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FONTES PARA PESQUISA

  • A VIDA DO BEBÊ - DR. RINALDO DE LAMARE
  • COLEÇÃO DE MANUAIS BÁSICOS CBO - CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA
  • DIDÁTICA: UMA HISTÓRIA REFLEXIVA -PROFª ANGÉLICA RUSSO
  • EDUCAÇÃO INFANTIL: Estratégias o Orientação Pedagógica para Educação de Crianças com Necessidades Educativas Visuais - MARILDA M. G. BRUNO
  • REVISTA BENJAMIN CONSTANT - INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT