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30 de out. de 2011

O mundo do recém-nascido


Ele chega e chama a atenção de toda a família. 
Em cada movimento, um enorme enigma a ser 
desvendado. Visão, olfato, audição, reflexos. 
Tudo para ajudá-lo a se comunicar. Já nos primeiros
40 minutos de vida, começa a inteiração com o 
ambiente. Seu neném movimenta-se pouco, mas, 
em compensação, canaliza toda a atenção para ver
e ouvir. Ainda na primeira semana, fica um longo tempo do dia em estado de alerta,
prestando atenção a tudo que acontece ao seu redor. Por isso, o olho-a-olho com
os pais é tão importante para ele.
  
Visão

Os bebês não nascem com uma boa visão. Nas primeiras semanas, enxergam
melhor a uma distância de 20 a 25 cm. Apesar disso, é fácil chamar sua atenção.
Experimente movimentar um objeto. De imediato, seu filho ficará imóvel por 
curtos períodos, podendo até parar de sugar, de chorar ou mesmo pode 
despertar, se estiver sonolento. Vai observar tudo com muito interesse,
mas, logo depois, se desliga.

Apesar de não enxergar bem, o bebê nascido a termo (entre a 38ª e a 40ª 
semanas de gestação) é capaz de reconhecer sua mãe poucas horas após
o parto. A visão é tão fundamental que o rosto dos pais torna-se um grande
atrativo. É como se estabelecesse um diálogo com eles.


Tato

Um dos primeiros sentidos a se desenvolver, ainda no útero materno. É tão
importante que algumas maternidades adotam o método mãe-canguru: 
acomodar o prematuro no colo da mãe, com a cabeça colocada em seu
coração. O toque tranqüiliza e acelera o desenvolvimento do bebê, que
ganha peso mais depressa e fica menos tempo no hospital.

Os recém-nascidos gostam de temperaturas mais morninhas; por isso um
abraço é tão bem-vindo. Adoram ser aconchegados e, por vezes, 
aninham-se ao corpo da mãe. Estudos comprovam que bebês bem
alimentados mas que não são tocados ou levados ao colo apresentam
um desenvolvimento físico e mental bem mais lento. Portanto, 
aproveite a hora do banho ou antes de dormir e faça massagens
suaves no corpinho do seu filho. Além de acalmá-lo, vai fortalecer 
– e muito – o vínculo entre vocês.

Outro ponto a ser destacado são os lábios e as mãos: atrativos certos.

Os bebês podem gastar um longo tempo chupando os dedinhos, 
por exemplo. É o início das descobertas; tudo muito normal e saudável.


Paladar

Nos primeiros meses de vida, o leite materno é tudo o que ele 

precisa para se alimentar. Talvez por isso o paladar seja um 
sentido pouco desenvolvido. Ao nascer, a criança consegue 
reconhecer três dos quatro sabores básicos – doce, amargo 
e azedo, mas apenas o doce a agrada. Não distingue ainda
o salgado, o que deve acontecer por volta do quarto mês.


Olfato

Um dos sentidos mais apurados do recém-nascido. Tanto que com

apenas uma semana de vida ele já reconhece a mãe pelo cheiro.
E está comprovado: esse aromas familiares tranqüilizam o bebê. 
Em contrapartida, odores fortes, como perfumes ou produtos 
de limpeza, podem irritá-lo. Portanto, evite-os. Fumaça de cigarro,
então, está terminantemente proibida. O bebê reconhece melhor
a mãe pelo cheiro e pela audição (voz) do que pela visão.


Audição

Um sentido apuradíssimo. Já na 25ª semana de gestação, através de

ultra-sonografia, os fetos reagem com um sobressalto a ruídos altos.
Pesquisadores afirmam que, ao nascer, o bebê reconhece a voz da mãe. 
Ainda com poucos dias de vida, já responde aos ruídos do ambiente. 
Como? Ao ouvir um barulho mais alto respira em ritmo acelerado ou então 
estica e encolhe os braços e as pernas, realizando o chamado Reflexo de Moro.

Papais e mamães: evitem sons altos e também aqueles que não agradam ao

bebê. Ele é muito sensível. Fale suavemente junto ao seu filho e cante músicas 
de ninar, bem baixinho, para acalmá-lo.


Reflexos

Os reflexos aparecem já no nascimento, ainda involuntários, ou seja, apenas

refletem reações neuromotoras aos diversos estímulos que recebe. Nessa 
fase, dois reflexos se destacam: o de sugar, necessário para a sobrevivência
do bebê, e o de Moro, que consiste em esticar e encolher braços e pernas.


Sono

Nos primeiros dias de vida, o bebê dorme por até 18 horas. Acorda apenas

algumas vezes para mamar. O sono oscila entre o tranqüilo, em que rosto 
e corpo estão bem relaxados e as pálpebras imóveis; e o ativo, quando 
os olhos estão meio abertos e a criança pode mexer os braços e as 
pernas. A respiração é irregular e rápida.


Choro

Essa é a forma que o bebê tem de se comunicar e avisar se está com fome, algum

desconforto ou dor. A face fica avermelhada e há movimentos vigorosos de pernas
e braços. Quer uma dica? Em muitos casos, apenas segurar o bebê no colo pode
acalmá-lo. O colo não tem contra-indicação e faz bem em qualquer idade.

Lilian Luz
Consultoria: Dr. Paulo Roberto Lopes, pediatra. 

Médico da Unidade Materno-Infantil do Hospital dos Servidores/RJ

FONTE; http://acalantobh.blogspot.com/

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"Muitas mudanças ocorreram nos últimos vinte anos, quando teve início a prática da Baixa Visão em nosso país. O oftalmologista brasileiro, porém, ainda não se conscientizou da responsabilidade que lhe cabe ao determinar se o paciente deve ou não receber um tratamento específico nessa área. Infelizmente, a grande maioria dos pacientes atendidos e tratados permanece sem orientação, convivendo, por muitos anos com uma condição de cegueira desnecessária." (VEITZMAN, 2000, p.3)

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FONTES PARA PESQUISA

  • A VIDA DO BEBÊ - DR. RINALDO DE LAMARE
  • COLEÇÃO DE MANUAIS BÁSICOS CBO - CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA
  • DIDÁTICA: UMA HISTÓRIA REFLEXIVA -PROFª ANGÉLICA RUSSO
  • EDUCAÇÃO INFANTIL: Estratégias o Orientação Pedagógica para Educação de Crianças com Necessidades Educativas Visuais - MARILDA M. G. BRUNO
  • REVISTA BENJAMIN CONSTANT - INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT