Fisioterapia ocular pode ajudar quem sofre de certos problemas de vista. Tratamento ainda é pouco difundido no RN
Erta Souza // ertasouza.rn@dabr.com.br
Técnica ainda pouco conhecida de grande parte da população, a fisioterapia ocular (isso mesmo, exercícios para os olhos!) tem ajudado muitas pessoas a progredir visualmente em diversos transtornos visuais como hipermetropia e doenças como catarata. A fisiterapia ocular também é utilizada nos pacientes que têm visão subnormal - aquela que não está dentro da normalidade e não é usada pelos dois olhos (binocular). Embora seja mais utilizada na melhoria de doenças e distúrbios visuais, a prática também é usada para corrigir falhas na visão das pessoas que usam excessivamente o computador, a televisão ou o vídeo game. Apesar da demanda crescente, o Rio Grande do Norte ainda não conta com profissionais específicos na área.
O menino Pedro, de um ano e 10 meses, já teve seu grau reduzido após seis meses de sessões Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação/D.A Press |
Dione conta que apesar de ser composta de exercícios simples, a estimulação visual deve ser recomendada por um ofatalmologista. "Fazemos os exercícios com objetos coloridos, com alto constraste de cores, luminosos ou iluminados", explica. Além da estimulação com a especialista na clínica, a criança deve fazer os exercícios em casa junto com a família que nesses casos tem uma grande importância na recuperação dos "pequenos".
Mesmo nos casos de doenças em que a estimulação visual é apenas "complemento" do tratamento neuropsicomotor, a fisioterapeuta tem notado uma melhora significativa no desenvolvimento infantil. Nos casos em que a estimulação visual está entre as principais alternativas de tratamento das crianças com algum tipo de dificuldade visual, os exercícios devem ser feitos com mais rigor pelos pais. O estrabismo, falta de paralelismo entre os olhos, é o caso mais comum, segundo a fisoterapeuta Dione Macêdo. Ela explica que nesses tipo de desvio é comum ocorrer a ambliopia, o cérebro selecionar apenas a imagem do melhor olho, ocasionando o descarte das imagens do outro, chamado popularmente de "olho preguiçoso". "Muitos pais ficam em dúvida se os filhos estão ou não estrábicos quando ainda são bebês, por isso o recomendado é procurar um oftalmologista quando a criança completar dois meses", disse.
Edição de domingo, 12 de dezembro de 2010
FONTE: http://www.diariodenatal.com.br/2010/12/12/cidades1_0.php
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