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3 de set. de 2008

TREINAMENTO DE BAIXA VISÃO PERCEPTUAL – COGNITIVO

 
(...) o treinamento de baixa visão perceptual – cognitivo é a abordagem correta para crianças com baixa visão, especialmente se nasceram com baixa visão. Esta criança deve reunir “peças visuais de um quebra-cabeça” para interpretação. O treinamento em baixa visão deve ajudar a criança a aprender certos conceitos básicos de formas e construir “cadeias de associações” e ser treinada a associá-las à experiência visual prévia.
Natalie Barraga e outros mostraram que:
- Todo indivíduo que mostre uma resposta à luz pode ser um candidato ao desenvolvimento visual no futuro;
- O funcionamento e a eficiência visuais (em casos de deficiência) não são automáticos e espontâneos. Envolvem um processo de aprendizagem e experiência no ambiente da vida real;
- O desenvolvimento da eficiência visual é pouco relacionado à acuidade visual obtida ou AA natureza do defeito ou doença;
- A eficiência no uso funcional da visão está intimamente relacionada ao desenvolvimento motor, mental e emocional;
- A aprendizagem por um sistema visual deficiente ocorre lentamente, mas segue o mesmo padrão seqüencial do desenvolvimento visual num sistema normal;
- A estimulação precoce e contínua, a exposição à experiência visual e o ensino intensivo são muito importantes para desenvolver a eficiência máxima;
- O treinamento para crianças que nasceram com baixa visão deve estimulá-las a armazenar as impressões visuais no cérebro para construir e associá-las quando aprendem novas coisas;
- Sem motivação, apoio e paciência não há resultados.
Muitos programas de treinamento (p. ex. VES e DAP de Barraga e Look and Think Check List de Tobin ET AL) são baseados nesta filosofia. O treinamento promove o desenvolvimento mental-manual e envolve a criança com baixa visão de forma ativa e criativa.
Mas, novamente deve ser enfatizada a importância de incluir elementos de treinamento perceptual-cognitivo para adultos com baixa visão e idosos, que já tiveram oportunidade de ver (“reorganização” das impressões visuais perceptuais)

EXTRAÍDO DO LIVRO: VISÃO SUBNORMAL: VIETZMAN, Silvia. Serviços Abrangentes de Baixa Visão. Visão Subnormal. Rio de Janeiro : Cultura Médica; São Paulo: CBO: CIBA Vision, 2000: 147-148p. – (Manuais Básicos / CBO ; 17).

Um comentário:

  1. Adorei esta postagem.
    Gosto da forma que escreves, pois utilizagem de uma linguagem de fácil compreensão e também do real efeito que isso pode fazer na vida de muitas pessoas.
    Parabéns pela iniciativa!

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"Muitas mudanças ocorreram nos últimos vinte anos, quando teve início a prática da Baixa Visão em nosso país. O oftalmologista brasileiro, porém, ainda não se conscientizou da responsabilidade que lhe cabe ao determinar se o paciente deve ou não receber um tratamento específico nessa área. Infelizmente, a grande maioria dos pacientes atendidos e tratados permanece sem orientação, convivendo, por muitos anos com uma condição de cegueira desnecessária." (VEITZMAN, 2000, p.3)

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FONTES PARA PESQUISA

  • A VIDA DO BEBÊ - DR. RINALDO DE LAMARE
  • COLEÇÃO DE MANUAIS BÁSICOS CBO - CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA
  • DIDÁTICA: UMA HISTÓRIA REFLEXIVA -PROFª ANGÉLICA RUSSO
  • EDUCAÇÃO INFANTIL: Estratégias o Orientação Pedagógica para Educação de Crianças com Necessidades Educativas Visuais - MARILDA M. G. BRUNO
  • REVISTA BENJAMIN CONSTANT - INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT